CONTO - A DAMA MISTERIOSA - PARTE FINAL

 Olá minha gente linda, 

Nosso conto mudou de nome, então de AQUI JAZ foi para A DAMA MISTERIOSA, ei-lo terminado, aproveitem e boa leitura.

A DAMA MISTERIOSA - PARTE FINAL


Entretanto, a morte do avô trouxe descobertas nunca imaginadas, ex-esposas, supostos tios e tias, o que fez com que ela começasse uma investigação. Como certas coisas eram difíceis de averiguar, ela começou a fazer barganhas com os espíritos. Para cada pedido atendido por ela, o finado tinha que lhe fazer um favor, tais como distrair o padre, enquanto ela espionava os arquivos da Igreja; causar uma confusão entre os policiais, na delegacia, para ela olhar furtivamente no computador detrás do balcão. Assim, Mariska pesquisou profundamente a vida do avô na internet e nos arquivos da cidade. As coisas reveladas eram terríveis, o avô estava longe de ser aquele famoso empresário respeitado na grande capital paulista, rico, empreiteiro, que construíra majestosos hotéis, construiu fortuna e dava de tudo para a neta tão infeliz.

A neta foi descobrindo que Alberto era líder há mais de 30 anos de uma seita satânica que sacrificava animais de pelugem negra e meninas de 9 a 11 anos, antes da menarca, como sacrifícios a Baphomet. Era a origem de tanta riqueza e ele tinha feito igrejas satanistas por diversos bairros nos quais os sacrifícios eram feitos às dezenas por mês. As várias esposas o ajudavam nos templos diabólicos espalhados pela cidade e recebiam um bom montante por isso, e agora estavam igual urubu na carniça atrás da fortuna maior que imaginavam que Mariska herdara, mas os advogado tinham lido os testamento, ela herdou a empresa principal, sua filiais, e casas na praia, no exterior e barras de ouro no banco.

A jovem se sentiu repentinamente muito cansada e fraca para lutar, não tinha namorado ou marido que a defendesse, nem amigos confiáveis, nem primos que não fossem interesseiros e materialistas. Ela se viu diante da maldade do mundo em estado puro e pensou como o avô conseguiu manter aquela fachada de religioso, que vivia na Igreja, não faltara nenhuma missa quando a avó dela ainda estava viva. Mas algo dentro de seu peito lhe disse que a sofredora avó devia ter descoberto tudo e morreu pouco depois dos 40 anos de tanto desgosto, do câncer linfático, talvez porque nunca pudesse ter desabafado com ninguém.

Nem um mês havia se passado, desde o falecimento de seu único parente de confiança, quando começaram a chegar e-mails anônimos, dos quais não era possível descobrir o IP, como telefonemas misteriosos, com aparelhos disfarçando a voz, pedindo dois milhões de dólares, para não revelar que Alberto tinha sido um assassino dos mais sanguinários. Os chantagistas mostravam vídeos e fotos, como prova dos atos mais bárbaros cometido por ele. Foi quando ela teve a ideia de pedir ajuda dos espíritos falecidos e muitas eram almas de meninas adolescentes, que queriam há muito tempo lhe revelar a verdade.

Da mesma forma que descobriu tudo sobre Alberto, investigando com o auxílio bem oportuno das almas penadas, Mariska novamente buscou saber quem estava por trás da chantagem que sofria. Descobriu ser a dama do Cemitério quem estava chefiando a operação e marcou, numa noite fria de dezembro, um encontro, no túmulo do avô, onde entregaria a soma em dinheiro solicitada em troca das provas contra seu avô.

Naquela noite fatídica, ela foi vestida de branco, carregando escondido no peito um crucifixo, e mal entrou no Cemitério, ao contrário do dia do enterro, viu dezenas de espíritos do além, ela sabia que estavam mortos, porque saíam de trás das tumbas e lhe acenavam. Quando chegou no local, onde estava enterrado Alberto, com plaquinha dourada e muitos jarros de flores, com a lanterna acesa, viu a dama do colar de pérolas com 3 homens armados. Ela colocou a valise no chão e revelou que eram lingotes de ouro no valor de 2 milhões de dólares.

Quando a elegante e misteriosa mulher ordenou a um dos homens para recolher a valise, ouviu-se um grito: - Não toque nisto, senão você morre, desgraçada!!!

Mariska virou-se junto com a dama de preto e olharam estarrecidas Alberto apontando uma arma para elas, com uns dez homens igualmente armados por de trás. Ela nunca soube bem o que realmente aconteceu, os tiros começaram de repente, mal conseguiu se jogar ao chão e ficou deitada com a mão no peito e sentiu os espíritos em volta de si. Soube depois, que um dos espíritos esbarrou na mulher que atirou primeiro e começou a guerra, foi uma mortandade. A madame e seus homens morreram ali, como também Alberto e alguns de seus homens, enquanto os outros fugiram.

A alma agradecida de uma mocinha de 16 anos lhe disse que ela já podia levantar, mas devia sair depressa, pois logo chegaria a polícia e o melhor era que não estivesse ali. Ela se ergueu o mais rápido que pode, mas tropeçou em cima da valise, lembrando que devia levar também o dinheiro para não deixar pistas de sua presença. Algumas almas foram com ela até o portão e ali ficaram até que saísse no seu carro. No dia seguinte, nos jornais, as manchetes só falavam da falsa morte por Covid 19, de Alberto de Alcântara Monteiro, encontrado assassinado na Lapa, com diversas figuras importantes da sociedade, contando prefeito, deputados e a maior socialite das colunas sociais, mas não se sabia a razão do tiroteio. A neta do grande milionário estava desaparecida, não sendo encontrada para dar entrevistas.

Depois de uns 3 meses, as empresas foram vendidas para acionistas, as propriedades no Brasil também, e Mariska nunca mais foi encontrada. Grandes entidades católicas receberam enormes fortunas de caridade e somente as almas finadas carentes e amigas sabiam que a jovem mudou de identidade e país, vivendo confortável, atendendo pedidos do além e curtindo os mares da Flórida.